A incontinência urinária ainda é algo pouco discutido no universo masculino. Muitos ainda sentem vergonha ao procurar ajuda médica para solucionar a perda involuntária de urina. Entre as mais diversas causas, podemos citar doenças neurológicas, alterações hormonais, tumores, prostatite, hiperplasia, dentre outros.
A doença se caracteriza muito pela vontade de urinar toda hora, jato fraco, sensação de que a bexiga não está vazia, vazamento de urina durante a noite, etc. É muito importante que, ao notar determinados sintomas, procure um médico especialista para prescrever o melhor tratamento e solucionar o problema.
A seguir, veja detalhadamente o que é e como é feito o tratamento da incontinência urinária.
O que é Incontinência Urinária Masculina?
A incontinência urinária masculina é um termo médico utilizado para definir a perda frequente e involuntária de urina em alguns pacientes, seja durante o dia ou durante a noite. Existem diferentes tipos de incontinência urinária, incluindo a incontinência persistente e a temporária.
Temporária
A incontinência urinária temporária, caracteriza-se pela reação de medicamentos no organismo ou alimentos e bebidas que podem agir como diuréticos, o que estimula a bexiga e aumenta a quantidade de urinar, como por exemplo, cafeína, álcool, bebidas gaseificadas, pimenta, chocolates, vitamina C em grandes doses e assim por diante.
Persistente
Esta, no entanto, corresponde-se quando a perda de urina não é causada por nenhuma comorbidade ou efeitos colaterais de medicamentos ou alimentos com efeito diurético persistente por menos de 3 meses.
O que causa a Incontinência Urinária Masculina?
Sendo um fator bastante comum, muitos homens possuem uma tendência maior para adquirir a doença. Portanto, existem outras condições que aumentam ainda mais o risco de desenvolver a incontinência, como por exemplo a idade avançada, quadros de infecções urinárias, distúrbios neurológicos e funcionais, dentre outras.
Conheça cada uma delas:
Distúrbios neurológicos
Existem alguns problemas que afetam o cérebro humano que podem desencadear a incontinência no homem, como por exemplo, o alzheimer, esclerose múltipla, AVC, Parkinson e outras…
Idade avançada
A incontinência urinária é bastante recorrente em pessoas da terceira idade, ou seja, acima de 60 anos, isso porque o trato urinário inferior apresenta alterações relacionadas ao envelhecimento, que ocorrem mesmo na ausência de doenças.
Hiperplasia Prostática
O envelhecimento também proporciona o desencadeamento da hiperplasia prostática, somado também a outros fatores. A doença, portanto, provoca quadros de incontinência urinária, uma razão para isto é que quando a próstata começa a aumentar, ela comprime a uretra, tornando-a mais estreita e fina, reduzindo o jato urinário.
Sedentarismo e Obesidade
A gordura aumenta a pressão sobre a bexiga e os músculos ao redor, enfraquecendo-os e causando vazamento de urina ao tossir ou espirrar. Corrigindo o excesso de peso, a incontinência urinária pode ser temporária.
Fatores de Risco
Em uma visão geral, homens que apresentam alterações no aparelho urinário inferior, infecções, mudanças cognitivas, funcionais e neurológicas, ou que estejam em idade avançada, possuem uma maior predisposição para desenvolverem o quadro de uma possível incontinência urinária.
Outro fator bastante comum é o histórico familiar. Se alguém apresentar determinado sintoma da doença, consequentemente, outra pessoa que compartilha o material genético, também poderá adquirir ao longo da vida.
Existe prevenção para a incontinência urinária?
Sim, existem medidas de prevenção para a incontinência urinária, como exercícios do assoalho pélvico e evitar o consumo excessivo de líquidos. Veja quais são as formas para evitar tais problemas:
- Evite a obesidade e o sedentarismo praticando atividades físicas e mantendo uma boa alimentação. Tais medidas são essenciais para fortalecer o assoalho pélvico e, consequentemente, evitar a incontinência urinária.
- Reduza o álcool e a cafeína no dia a dia. Além de prejudicar outros sistemas do seu organismo, também provocam a irritação no trato urinário, causando portanto, a incontinência.
- Elimine a nicotina no seu organismo. Entre tantos efeitos negativos da substância no organismo, a incontinência urinária é uma delas, portanto, parar de fumar definitivamente, é uma medida preventiva essencial.
Qual o tratamento para a incontinência urinária masculina?
Existem diversas formas para o tratamento contra a incontinência, variando de acordo com a intensidade dos sintomas e a doença diagnosticada.
Além do uso de neuromodulação neural utilizada em muitos casos, podem ser realizadas outras medidas, algumas delas com prescrição médica, outras com algumas mudanças na qualidade de vida. Veja:
Identifique os fatores através de consultas médicas
Antes de iniciar qualquer intervenção, é necessário buscar por uma ajuda médica especializada para aumentar as chances de sucesso durante o tratamento. Caso isso seja negligenciado, pode ocasionar em uma piora no quadro e desencadear outras doenças que poderiam ser evitadas.
Pratique atividades físicas
A prática de atividades físicas auxilia diretamente no fortalecimento muscular e do assoalho pélvico, as quais são essenciais na diminuição das incontinências e outros fatores do organismo.
Esfíncter Artificial
O esfíncter artificial é usado por homens e mulheres como substituto do músculo esfíncter, que é responsável pela oclusão do canal uretral para evitar a perda de urina quando lesionado. É um pequeno dispositivo cirurgicamente implantado na região perineal, que, quando acionado pelo paciente, permite a abertura do canal uretral para esvaziar a bexiga, e depois se fecha automaticamente.
Marcapasso Neural
O marcapasso neural envolve o implante cirúrgico de um eletrodo e um gerador de pulso por meio de um procedimento minimamente invasivo. O dispositivo emite impulsos que restauram o controle da incontinência urinária e fecal.
Ao contrário do esfíncter artificial, o marcapasso neural é usado quando não há lesão do esfíncter, mas sim a perda de sua função devido a uma falha na inervação dos nervos que conectam certos órgãos ao cérebro, resultando na falta de obediência do músculo aos comandos do paciente.